domingo, 28 de junho de 2009

Adeus ao Rei


A morte de Michael Jackson trouxe aquela sensação familiar aos momentos de perda de grandes figuras públicas. Um sentimento de lamento, algo que nem sabíamos nos afetar tanto. Quando morre alguém assim, famoso, que faz parte da história de nosso consciente coletivo, lembro-me sempre de uma frase estampada numa das inúmeras faixas estendidas pelas ruas de São Paulo durante o cortejo fúnebre de Ayrton Senna: "Nem nós sabíamos que te amávamos tanto"...

Eu nem sabia que gostava tanto de Michael Jackson. E, desde quinta, ainda não tinha conseguido definir esse luto, até ler O Globo deste domingo. No Segundo Caderno, na coluna de Joaquim Ferreira dos Santos, a cobertura da homenagem prestada pelos organizadores do evento CEP 20.000, no Rio, trazia o depoimento de Chacal:

"Cara, não dá pra acreditar, é como se o Pernalonga tivesse morrido. Ele era um desenho animado, deve ter um mágico fazendo o velório".


Acho que era isso. Nas nossas mentes Michael era algo imortal, algo imaterial, que existiria para sempre, apesar de tudo.



Ainda no Globo, na página móvel Logo, que neste domingo, estava na página 38, a pergunta: Quem era M.J.?

Para mim, a melhor definição ficou por conta de Flávio Moura, curador da Flip:


"Que nem Deus: nem branco, nem preto, nem velho, nem jovem, nem homem, nem mulher..."


R.I.P. Michael....