terça-feira, 13 de outubro de 2009

Galho de árvore atinge carro e moto na Rio Branco


Por volta das 18:30h desta terça-feira, um galho de uma árvore do canteiro central da Avenida Rio Branco partiu-se e caiu sobre uma moto e um carro. O incidente ocorreu na pista sentido Bom Pastor, na altura da Rua José Cesário, no Alto dos Passos. Não chovia nem ventava no momento. O transito da Rio Branco ficou impedido e os motoristas desviaram, por conta própria, o trajeto pela Rua José Cesário, seguindo até a Rua Severiano Meireles e retornando para a Rio Branco pela Rua Barão de São Marcelino. A moto ficou totalmente encoberta pelos galhos, mas o condutor não se feriu e aguardava de pé, na calçada. O celta, aparentemente, não sofreu danos, mas ficou preso entre os galhos,que atravessaram a pista. Até as 19h, não havia chegado nenhuma autoridade de trânsito ou policial ao local, o que deve ter complicado a vida dos motoristas que seguiam para a Zona Sul ou transitavam pelo centro, já que era horário de pico e qualquer retenção no principal corredor viário da cidade alastra-se para outras vias.




A moto desapareceu sob os galhos.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A verdade sobre os outdoors


Sou amigo próximo de três funcionários de agências de publicidade diferentes de Juiz de Fora. E quis saber deles informações acerca do mercado local de outdoors, tema polêmico nestes tempos de retirada maciça de placas das principais avenidas da cidade. Para tais funcionários, a retirada deste tipo de publicidade já chega tarde. Mas meus pobres amigos não podem expressar esta opinião de forma aberta, já que seus patrões são contra a retirada das placas. E não poderia ser diferente, já que agências de publicidade têm como principal fonte de recursos o comissionamento sobre todo e qualquer tipo de verba aplicada por seus clientes em propaganda. Sendo assim, se uma empresa paga, em média, entre R$ 300,00 e R$ 700,00 por uma placa, por um período de duas semanas (este valor varia, levando em conta, normalmente a localização do suporte e a empresa que explora o local), cerca de 20% deste valor vai para a agência que atende tal empresa.

Segundo eles, ainda, outdoors são um tipo de mídia que já se mostra ultrapassado, sobretudo diante dos mais diversos recursos disponíveis com as novas mídias digitais. E, antenados que são, sabem que este tipo de propaganda polui visualmente as cidades e, por este motivo, tem sido combatidos pelos especialistas em planejamento e ambientalismo urbanos. Nossa maior e principal cidade, São Paulo, já conta com lei municipal que proíbe, em qualquer local da região metropolitana, tal tipo de mídia. A chamada Operação Cidade Limpa mudou a paisagem daquela cidade e repercutiu em todo o país. O Rio de Janeiro, embora não tenha proibido os outdoors, tem combatido os excessos, tendo retirado placas em locais com edifícios históricos e onde pudessem atrapalhar a vista das belezas naturais. Também, convenhamos, uma cidade MARAVILHOSA como aquela não pode ter a paisagem maculada por propaganda, muitas vezes de gosto estético duvidoso. E é por isso que também lá, há os que defendam o fim total dos outdoors. Petrópolis (RJ) também não permite outdoors na área urbana.

Em nossa cidade, existem, de acordo com as três agências das quais tive informação, aproximadamente, cinco empresas proprietárias de placas. E tais empresas apenas alugam os espaços. Para isso, trabalham com uma equipe bem reduzida, com dois ou três funcionários efetivos, que atuam nos escritórios. Os coladores dos cartazes, acredita-se serem freelancers, já que atuam apenas quinzenalmente ou caso alguma placa seja danificada. Têm nesta atividade o que se costuma chamar de bico. As artes, ou seja, o conteúdo das mensagens, são diagramadas pelas agências de publicidade ou até mesmo pelos departamentos de publicidade internos, no caso das empresas maiores. A impressão das folhas que são coladas fica a cargo de gráficas. As empresas de outdoors, ou seja, aquelas representadas pela Associação de Mídia Exterior de Juiz de Fora (Aemex-JF), as principais prejudicadas, volto a dizer, apenas alugam os espaços.

Portanto, falar em 500 empregos diretos e aproximadamente mil indiretos é exagero. Muito exagero! Essa conta só fecha se considerarmos TODOS os funcionários de todas as empresas envolvidas na cadeia. E nestas empresas, os funcionários que lidam diretamente com os outdoors, cuidam, também de muitas outras tarefas e, portanto, não serão dispensados. Estas empresas vão continuar funcionando, atendendo seus clientes com as outras mídias disponíveis e com as novas que se verão obrigados a fomentar. Os proprietários de agências de publicidade, ao invés de combaterem a retirada de uma mídia que não traz nenhum benefício para o ambiente urbano, pelo contrário, o polui, deveriam pensar em novas formas de fazer propaganda, investindo em outros espaços e, com isso, continuariam a receberem seu comissionamento. Afinal, espera-se dos profissionais do mercado publicitário um mínimo de criatividade.

Que a cidade está mais “limpa” sem os outdoors é fato visível, literalmente. Assim como temos surfado na maré dos pensamentos mais contemporâneos, aprovando leis que obrigam a divulgação na internet das ações e gastos do executivo e legislativo, que exigem dos estabelecimentos comerciais o fim do uso de sacolas plásticas não biodegradáveis, que restringem o fumo em locais públicos, é bem vinda a iniciativa de restringir, ou até mesmo, proibir, a fixação de outdoors na área urbana de nossa cidade. Juiz de Fora demonstraria com isso uma sintonia com novas e boas idéias.